Síndrome de Down

30/01/2020

A Síndrome de Down

É uma alteração genética causada por erro na divisão celular. As pessoas apresentam características como olhos oblíquos, rosto arredondado, mãos menores, comprometimento intelectual e, consequentemente, aprendizagem mais lenta.

O desenvolvimento do aluno com Síndrome de Down depende fundamentalmente da estimulação precoce, do enriquecimento do ambiente no qual ele está inserido e do incentivo das pessoas que estão à sua volta. Com apoio e investimento na sua formação, os alunos com síndrome de Down, assim como quaisquer outros estudantes, têm capacidade de aprender.


Como ensinar alunos com Síndrome de Down? 

Quando recebemos um aluno com Síndrome de Down em nossa escola é natural as dúvidas, incertezas e até mesmo o medo aparecer. A busca pela receita de como trabalhar com esses alunos pode se tornar um trabalho complexo, considerando que ao longo das décadas, as pesquisas desmitificaram a ideia de que haja uma "receita" pronta para ensinar esses estudantes. Mesmo que dois alunos apresentem o mesmo diagnóstico, eles podem reagir de modos diferentes no processo de Ensino e Aprendizado. Assim, a orientação aos professores é a de conhecer todos de forma individual, investigar e perceber como cada um aprende, valorizando suas potencialidades e singularidades.

Em 1994, a Declaração de Salamanca destacou que "educação para todos efetivamente significa para todos", restrições e exceções são próprios à lógica da integração e não da Inclusão de fato. A Convenção da ONU sobre os direitos das pessoas com deficiência, ratificada no Brasil com equivalência de emenda constitucional em 2008, garante a plena participação destes alunos, sem discriminação, baseando na igualdade de oportunidades, a fim de garantir o efetivo desenvolvimento das potencialidades do aluno. Porém, essa garantia não significa que a escola saberá, previamente, como fazer isso, na verdade isso não será possível antes que se conheça de fato  o aluno.

O preparo do professor para a efetivação de uma educação inclusiva é o resultado da experiência por meio do convívio com o aluno e a participação efetiva da família junto à Equipe escolar. É preciso conhecer muito bem o aluno para entender qual é o apoio que ele necessita. É o dia a dia que nos revela as possibilidades para a Inclusão!  


Confira algumas dicas:

  1. Conheça o aluno: aqui é hora de investigar, procurar conhecer tudo sobre o aluno, se é alfabetizado ou não, o que costumava desenvolver na escola de origem,  suas limitações e habilidades,  os tratamentos que ele faz e os profissionais que o atende e, se possível, buscar parceria com eles, considerando que podem contribuir muito com o trabalho do Professor. 
  2. Trabalhe com eixos de interesse:  Desde pequenos os eixos de interesses estão presentes em nossas vidas e explorar isso no aluno trará com mais qualidade a sua vontade em participar da aula. Há alunos que possuem interesse em desenhar. Eles são capazes de não somente pensar em imagens, mas de transferir para o papel representações fiéis à realidade.  
  3. Valorize o que o aluno sabe fazer: Seguindo a linha de trabalhar com os eixos de interesse, destaque quais são as habilidades do aluno e adapte o conteúdo ensinado para a turma à sua realidade . Reflita  em como tornar o conteúdo a ser ensinado mais útil e significativo para ele.
  4. Construa o aprendizado passo a passo: É essencial que o professor parta das tarefas mais simples para, passo a passo, introduzir as atividades mais complexas. Quando o aluno já tiver domínio do conteúdo, proponha a ele avanços em seu aprendizado. 

  5. Utilize linguagem simples: Ofereça informações em linguagem objetiva, com sentenças curtas e simples   e baseadas no concreto, evitando linguagem figurada e confusa, uma vez que, estes alunos manifestam dificuldades na compreensão verbal, principalmente, na interpretação de frases e expressões idiomáticas

  6. Avalie Continuamente: A avaliação vem com o objetivo de refletir a prática docente, é um processo de reflexão contínua sobre uma ação, em um contexto coletivo para compreender o específico, buscando mudanças necessárias no processo educacional e inclusivo.

  7. Não existe receita para incluir: O maior problema da educação é a busca da receita de bolo que nunca falhe . O bolo que atenda a todos gostos, sirva para educar todos de forma homogênea e que,  não demande muito trabalho.  

    Educação se faz com seres humanos. Alunos, famílias e professores. E quando o ser humano entra no processo, a mesma receita para todos desanda. Cada um deles é diferente de todos os outros. Cada um assa em uma temperatura diferente. Cada um dá ponto em um momento diferente. Será no cotidiano que o professor conhecerá mais e mais o seu aluno, perceberá sua forma de aprendizagem, suas habilidades,dificuldades e planejará objetivos de aprendizagem para esse aluno. 





Débora Camargo

PCNP Educação Especial DER Pindamonhangaba



"Se uma criança não pode aprender da maneira que é ensinada, é melhor ensiná-la da maneira que ela pode aprender."


(Marion Welchmann)




Fonte: PAGANELLI, Raquel. Qual é o preparo necessário para incluir um estudante com deficiência? Licenciada pelo Instituto Rodrigo Mendes e DIVERSA. Disponível em:< https://diversa.org.br/artigos/qual-e-o-preparo-necessario-para-incluir-um-estudante-com-deficiencia/> Acesso em 31 de janeiro de 2020.


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