A inclusão de alunos Surdos tem como meta colocá-los em condições sociais de interação com os ouvintes, explorando ao máximo suas condições sócio cognitivas para o acesso à aprendizagem e aos bens culturais. A inclusão dos alunos surdos deve contemplar adequações construídas coletivamente e uma adaptação no currículo, como por exemplo, alterações nas formas de ensinar, metodologia adequada que condizem com as necessidades e especificidades do aluno e elaboração de um trabalho que promova a interação do estudante.

O projeto desenvolvido pelo professor Fernando da E.E. Prof. José Pinto Marcondes Pestana em um dos componentes do Inova Educação - Tecnologia e Inovação- teve como objetivo trabalhar a habilidade de "construir objetos usando equipamentos de fabricação digital, ou materiais não estruturados, mobilizando conceitos de física, de engenharia e arte". O professor Fernando buscou desenvolver em suas aulas o conhecimento dos alunos em relação à cultura maker e, posteriormente, proporcionou aos alunos colocarem a mão na massa, ou seja, construírem algo com as próprias mãos, usando materiais recicláveis. E não foi diferente com o aluno Lucas, que possui Surdez Severa. Por meio de aulas inclusivas e da parceria entre professor do Regular e Interlocutor de LIBRAS, o aluno participou do projeto e optou por fazer um foguete, usando para propulsão do mesmo, vinagre e bicarbonato de sódio. O professor Fernando explicou sobre o assunto, enviou fotos e vídeos com sugestões para confecção do trabalho e o Interlocutor de LIBRAS, Celso, assessorou o professor nas explicações, fazendo a mediação da comunicação entre professor ouvinte e aluno Surdo, por meio da Língua Brasileira de Sinais e, posteriormente, supervisionou a prática da atividade, ou seja, o momento de montar o foguete e colocar os ingredientes propulsores para a decolagem. Segundo o Interlocutor Celso, o projeto envolveu outros princípios, de outros componentes curriculares, tais como: Matemática, Física, Arte, História, Eletiva e etc..